A reabertura do governo nos Estados Unidos trouxe mais perguntas do que respostas. A interrupção temporária das operações federais comprometeu a coleta de dados essenciais, e indicadores-chave — como a taxa de desemprego de outubro — simplesmente deixarão de existir.
Essa lacuna estatística adiciona ruído ao processo decisório do Federal Reserve, que agora enfrenta um cenário de menor visibilidade. O resultado é um mercado dividido quanto à reunião de dezembro, enquanto o temor de uma possível sobrevalorização no setor de tecnologia volta a pressionar o sentimento em Wall Street.
Na China, o sinal também foi misto. A produção industrial de outubro veio abaixo das projeções, reforçando preocupações sobre a força da recuperação, mas as vendas no varejo mostraram leve surpresa positiva, sugerindo algum suporte via consumo.
No Brasil, o foco recai sobre o Banco Central. Diretores da instituição se reúnem hoje com economistas em São Paulo, em meio a expectativas crescentes sobre o timing do início do ciclo de cortes da Selic.
A agenda doméstica ainda inclui a divulgação do IGP-10, da Pnad Contínua — tradicionalmente sensível para o mercado de juros — além do Prisma Fiscal e da participação do ministro Fernando Haddad, que pode trazer novidades sobre o pacote de ajustes. A temporada de balanços na B3 segue como outro vetor relevante de curto prazo.
Nos mercados internacionais, o dia começou pressionado. As bolsas asiáticas encerraram o pregão em baixa, refletindo o tombo de Wall Street na véspera e a decepção com os dados chineses, alimentando um ambiente global de maior cautela.





