Sem sinais de avanço nas negociações para encerrar o shutdown do governo dos Estados Unidos, que já se prolonga pelo oitavo dia, os investidores globais adotam uma postura mais defensiva. Esse movimento se reflete em maior demanda por ativos de proteção, com pressão altista sobre o dólar e os Treasuries, ao mesmo tempo em que os índices acionários em Wall Street interrompem a sequência de recordes recentes.
O ambiente externo é agravado por novas fontes de instabilidade: a crise política na França e as incertezas no Japão adicionam volatilidade ao câmbio internacional, reforçando a cautela nos fluxos de capitais.
Na agenda norte-americana, a publicação da ata do Federal Reserve deve atrair atenção, oferecendo sinais adicionais sobre os rumos da política monetária. No Brasil, os mercados abrem o dia monitorando a nova pesquisa Quaest e o desfecho da votação da Medida Provisória do IOF. A matéria, que enfrenta resistência política desde a Comissão Especial, precisa ser apreciada pela Câmara e pelo Senado ainda hoje para não perder a validade à meia-noite — risco que adiciona tensão ao cenário doméstico.




