
O ouro encerrou a sessão desta terça-feira em expressiva valorização, ultrapassando pela primeira vez a marca histórica de US$ 4.000 por onça-troy e consolidando novos recordes. O movimento reflete uma dinâmica consistente de realocação de portfólios para ativos de proteção, em um contexto de elevada incerteza macroeconômica e tensões geopolíticas.
Nesse ambiente, o metal precioso reafirma seu papel como principal reserva de valor diante do enfraquecimento das perspectivas de crescimento global.
A continuidade do shutdown parcial do governo norte-americano, que já se estende por sete dias, reforça o apelo por instrumentos sem risco de crédito e menos expostos à volatilidade fiscal. Paralelamente, a precificação nos mercados futuros de juros indica probabilidade crescente de um corte de 25 pontos-base na próxima reunião do Federal Reserve, em setembro, seguido de novo ajuste de igual magnitude em dezembro.
A expectativa de flexibilização monetária intensifica a atratividade do ouro ao reduzir o custo de oportunidade, em um cenário de compressão das taxas reais.




