Analise Petroleo (BRENT) – 13 Novembro 2025

O petróleo encerrou a sessão de hoje em alta, sustentado por um movimento de recuperação moderada apesar do ambiente macroeconômico mais desafiador após as declarações do dirigente do Federal Reserve, Hammack.

O avanço dos preços ocorreu em meio a um equilíbrio delicado entre expectativas de demanda e reajustes de posicionamento, mesmo com a sinalização de que a política monetária dos Estados Unidos deverá permanecer restritiva por mais tempo. Hammack destacou que a inflação segue elevada e caminhando “na direção errada”, reforçando que as tarifas recentemente anunciadas devem pressionar os preços até o início do próximo ano — fatores que, em tese, poderiam limitar o apetite por ativos cíclicos.

No entanto, o petróleo encontrou suporte na percepção de que, apesar das pressões inflacionárias, a economia norte-americana ainda demonstra “notável resiliência”, o que suaviza temores de uma desaceleração mais brusca no curto prazo.

A leitura de que o mercado de trabalho permanece relativamente equilibrado, mesmo com sinais de enfraquecimento e desemprego próximo do pico recente, contribuiu para estabilizar expectativas de demanda.

Analise Ouro (XAUUSD) – 13 Novembro 2025

O ouro fechou em queda nesta quinta-feira, refletindo um contexto que pesou sobre seu desempenho. Os rendimentos dos títulos públicos dos EUA — em particular os de longa maturação — avançaram, elevando o custo de oportunidade de ativos não remunerados como o ouro.

Ao mesmo tempo, sinais contraditórios vindos da Federal Reserve (Fed) e a redução nas probabilidades de corte de juros em dezembro fragilizaram o apelo de proteção do metal. O mercado monitorou atentamente a escalada das yields e o fortalecimento do dólar como vetores adversos à cotação do ouro.

A combinação entre aumento de taxas reais, menor viés dovish da autoridade monetária e menor impulso de procura por refúgio técnico parece ter comprometido o momento altista. Embora os fundamentos de longo prazo — como a diversificação de reservas por bancos centrais e a postura de hedge contra incertezas — continuem intactos, o ambiente de curto prazo mostra-se mais adverso para novas escaladas.

Em suma, o recuo de hoje não necessariamente invalida a narrativa estrutural de valorização, mas indica que o ativo enfrenta agora uma fase de ajuste e que os investidores devem acompanhar com rigor os próximos passos da política monetária dos EUA e o comportamento das taxas de juros reais.

Noticias de Mercado – 13 Novembro 2025

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na noite de ontem o projeto que encerra o shutdown após 43 dias de paralisação. O texto foi rapidamente sancionado pelo presidente Donald Trump, permitindo a retomada das atividades do governo federal.

A partir de agora, as atenções do mercado se voltam para a divulgação dos indicadores econômicos que ficaram represados durante o período, já que a ausência desses dados dificultou a leitura do Federal Reserve sobre a real condição da economia e limitou a visibilidade para futuras decisões de política monetária — especialmente em relação a novos cortes na taxa de juros.

No cenário doméstico, os investidores ainda repercutem as declarações do presidente interino do Banco Central, Gabriel Galípolo, que refrearam as expectativas mais dovish sugeridas pela ata do Copom. O tom adotado reduziu as apostas de uma nova redução da Selic já na reunião de janeiro, levando o mercado a reprecificar a curva de juros futuros.

Na agenda local, a nova rodada da pesquisa Quaest, com cenários atualizados para a eleição presidencial, abre o dia político. Em seguida, o foco se desloca para a divulgação das vendas do varejo de setembro e para a teleconferência de resultados do Banco do Brasil, marcada para as 9h. As ações da instituição recuaram 0,45% no after market, refletindo a leitura inicial do balanço divulgado na véspera.